UNIVAJA

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União dos Povos do Vale do Javari

União dos Povos do Vale do Javari

Notas e Informes

UNIVAJA participa de evento que antecede a cúpula da Amazônia entres os dias 4 e 6 de agosto em Belém no Pará.

Organização leva a luta dos povos do Javari para evento global, que aconteceu em Belém e antecedeu a Cúpula da Amazônia.     A União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (UNIVAJA) esteve presente nas atividades que preparam o encontro de presidentes e autoridades políticas dos países Amazônicos, a `Cúpula da Amazônia´. O evento foi realizado na cidade de Belém, no Pará, entre os dias 4 e 6 de agosto e contou com a participação de representantes de entidades, movimentos sociais, centros de pesquisas e agências governamentais do Brasil e demais países Amazônicos. Essas organizações juntas promoveram a `Assembleia dos Povos da Terra Pela Amazônia´. O evento que antecedeu a cúpula da Amazônia teve como objetivo formular sugestões para a reconstrução de políticas públicas sustentáveis para a região. Na oportunidade, o coordenador da UNIVAJA Bushe Matis trouxe as preocupações do Vale do Javari – Segunda maior terra indígena do país, região essa que abriga a maior concentração de povos isolados do mundo.

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Univaja realiza sua 7ª assembleia e define nova coordenação

Representantes dos povos Kanamari, Matis, Mayoruna/Matsés, Kulina Pano, Marubo e Korubo elegeram nova diretoria, debateram os desafios da região e recebem a Ministra presidenta do STF e do CNJ, Rosa Weber

A União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) realizou, entre os dias 17 e 20 de março de 2023, a sua 7ª Assembleia que reuniu representantes de seis povos da bacia do rio Jutaí, na Terra Indígena (TI) Vale do Javari, local com maior concentração de povos que vivem em “isolamento”, no mundo. As atividades foram feitas na aldeia Marubo Paraná, localizada no alto rio Ituí, município de Atalaia do Norte, Amazonas, Terra Indígena Vale do Javari, que é a segunda maior TI do Brasil.

Os povos Kanamari, Matis, Mayoruna/Matsés, Kulina Pano, Marubo e Korubo elegeram nova diretoria, que agora conta com Bush Matis para coordenar a Univaja pelo triênio 2023/2025, junto com Varney Todah Kanamari na vice coordenação. O povo Tsohom-dyapa foi o único que não contou com representantes na assembleia que recebeu, cerca de 120 pessoas, ao longo dos 4 dias.

O povo Korubo, de recente contato, participou pela segunda vez do encontro que define os rumos da coordenação da Univaja. Na última assembleia, realizada em março de 2020, ocasião da reeleição de Paulo Marubo e Varney Thoda Kanamari, participaram Takvan e Malevo Korubo. Dessa vez, os Korubo foram representados por Txitxopi, Lëyu e Txitxopi Vakwë Korubo.

Três chapas se inscreveram para pleitear a coordenação.

Chapa 1: Jorge Marubo e Raul Matsés;
Chapa 2: Bushe Matis e Thoda Kanamari;
Chapa 3: Jaime Matsés e Feliciana Kanamari;

Houve empate entre as chapas 2 e 3. O desempate foi realizado a partir de votação dos Korubo, que elegeram a chapa 2.

Durante a assembleia, as lideranças elaboraram e assinaram uma carta, entregue no dia 21 de março à Presidenta do Supremo Tribunal Federal, Rosa Weber, que visitou o Vale do Javari pela primeira vez.

Leia documento completo aqui:
CARTA MINISTRA ROSA WEBER

Na ocasião, lideranças destacaram a necessidade de proteção territorial, relembrando as violências ocorridas na região, como os assassinatos de Maxciel dos Santos, Bruno Pereira e Dominic Phillips. As lideranças também destacaram a necessidade de contratação de servidores indígenas para o quadro de profissionais da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), que ao longo do governo de Jair Messias Bolsonaro, foi sistematicamente sucateado.

Além das lideranças dos seis povos ali representados, houve também a participação de parceiros, como o Centro de Trabalho Indigenista, o Conselho Indigenista Missionário e a Nia Tero Fondation.

 

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Mais uma “biblioteca” se vai no Vale do Javari

A Coordenação da Organização Indígena UNIVAJA, em nome dos povos Marubo, Mayoruna (Matsés), Matis, Kanamary, Kulina-Pano, Korubo e TsohomDjapá vem a público informar às demais organizações indígenas, indigenistas, nossos parceiros, à imprensa e aos interessados na causa indígena que faleceu ontem às 07 horas da manhã, na Aldeia Maronal, alto rio Curuçá, o Ivinimpapa Marubo. Para o povo Marubo, um Estadista, um humanista e autêntico líder ancestral de um povo, papel esse que honrou até o dia de ontem. Mais conhecido por “Alfredão”, devido ao seu papel, reconhecido entre os seus como “o cacique geral do povo Marubo”, uma responsabilidade concedida pelo seu pai, o lendário Niwa-Wani.

Ivinimpapa esteve a frente do povo Marubo nas últimas décadas e teve um papel fundamental nas conquistas que essa etnia alcanço nesse tempo, dentre as quais a relação com o Estado, com os parceiros, com as cidades vizinhas. A sua filosofia repassada a gerações inteiras foi de sempre “pautar, moldar e fazer com que o estrangeiro conheça o povo Marubo, para a partir daí haver uma interação mínima”; “Lembrem-se que para a maioria deles somos diferentes”; “falem como quem vai a guerra, mas com palavras de anjos”; “palavras vazias têm de ser ditas, algumas têm de parecerem não fazer nenhum sentido, de propósito, ao estrangeiro; não somos obrigados a dizer tudo a quem sempre nos demonstrou querer nossa extinção”, Para Ivinimpapa era assim que o povo Marubo deveria se comportar: “Levar às últimas consequências por meio da diplomacia, para sempre terem o argumento do “eu sempre avisei”.

A morte de Ivinimpapa representa uma “biblioteca” a menos no Vale do Javari. Para um povo que o repasse de conhecimentos de geração em geração é feito de forma oral, essa perca é literalmente irreparável. Uma das preocupações desse grande líder Marubo estava ligada aos retrocessos na proteção territorial e políticas públicas que estão sendo nefasta à vida nas comunidades do Vale do Javari. A precariedade das Politicas de Educação, em todos os níveis, têm levado a maioria dos jovens para as cidades; o sucateamento do órgão indigenista tem contribuído para a interferência nefasta de órgãos como as Prefeituras locais no cotidiano das aldeias, bem de missionários fundamentalistas, causando intrigas internas e até a separação de famílias” entre prós e contra”, além do aumento populacional nas regiões urbanas; à vulnerabilidade dos povos isolados e integridade territorial do Vale do Javari.

Hoje e daqui por diante os Manã Nawas (novos Marubo adaptados à nova realidade) terão a reponsabilidade de honrar e seguir em diante com a filosofia, os ensinamentos e a luta pela sobrevivência, algo que Ivinimpapa lhes trouxe até os dias atuais.

Atalaia do Norte – AM, 31 de outubro de 2021.

A Coordenação da UNIVAJA

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VIII Encontro Binacional Matsés Brasil-Peru

O VIII Encontro Binacional entre os Matsés do Brasil e do Peru aconteceu entre os dias 20 e 22 de agosto de 2022, na aldeia Trinta e Um, localizada no rio Jaquirana, Terra Indígena Vale do Javari, estado do Amazonas.

O encontro contou com a participação de mais de cem pessoas de diferentes aldeias matsés dos dois países, com representantes das aldeias Cruzeirinho, Soles, São Meireles, Lobo, Puerto Alegre, Puerto Tumi, Santa Rosa, San Roque, Estiron, Buenas Lomas Nuevo, Buenas Lomas Antiguo, Cashishpi, Paujil, Anushi, Jorge Chaves, San Mateyo, San Juan, Remoyaco, Buen Peru, Limon, San Ramon, Monte Verde, e Fray Pedro.

Na ocasião, diversos temas foram discutidos, conforme a programação inicialmente prevista, dentre eles a proteção territorial. O Encontro contou com a participação dos parceiros da Fundação Nacional do Índio, Secretaria Especial de Saúde Indígena, Centro de Trabalho Indigenista e Organización de Pueblos Indígenas del Oriente.

Ao final do evento, a partir das discussões, os Matsés produziram alguns documentos, como uma carta endereçada à presidência da FUNAI e o documento final da VIII Binacional para ser entregue às autoridades dos governos brasileiro e peruano.

PROGRAMAÇÃO – VIII Reunião Binacional Matses 2022

Carta à Funai_Binacional 2022

Documento final Binacional Matses 2022_Espanhol

Documento final Binacional Matses 2022_Português

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