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Nós, da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (UNIVAJA), somos uma entidade civil de direitos privados, sem fins lucrativos, partidários e religiosos, com sede e foro na cidade de Atalaia do Norte, no estado do Amazonas. A proposta da criação da UNIVAJA foi realizada na aldeia matis Beija-Flor, no rio Ituí, em 2009. Nossa fundação acontece no dia 5 de abril de 2010, a UNIVAJA tem como finalidade promover a nossa articulação, dos povos indígenas do Vale do Javari, para defender os nossos direitos.

A UNIVAJA tem como referência as organizações de base, que são instâncias de mobilização e representatividade em âmbito local, além das aldeias de cada povo. Juntos, representam a dinâmica do movimento indígena. Apesar de nossa organização ter sido criada em 2010, é importante ressaltar a atuação do movimento indígena no Vale do Javari desde os anos 1980, tendo alcançado conquistas importantes para nós, povos indígenas da região, dentre elas, a demarcação da Terra Indígena Vale do Javari: segunda maior terra indígena do Brasil.

Antigas coordenações: Kora Kanamari e André Matsés, André Matsés e Tëpi Matis, Jader Marubo e Gilson Matsés, Paulo Marubo, Baritsika Matis, Paulo Dollis Barbosa da Silva e Varney da Silva Tavares Kanamary.

Elegemos a coordenação atual da UNIVAJA durante a 6a Assembleia, realizada entre os dias 11 a 14 de março de 2020, na aldeia matsés Nova Esperança (rio Curuçá, Vale do Javari)

Coordenação Atual: 
Bushe Matis – coordenador
Thoda Kanamari – vice-coordenador
Eriverto da Silva Vargas (Beto Marubo) – representante em Brasília/DF
Eliesio da Silva Vargas – procurador jurídico

Associação Indígena Kulina do Vale do Javari – AIKUVAJA

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Associação Marubo de São Sebastião – AMAS, é uma associação indígena que representa o povo Marubo que vive na região do Vale do Javari.

Organização Geral dos Mayoruna – OGM, fundada por André e Raimundo Mean, com participação de Raul e Waki Caiçuma, com o objetivo de auxiliar nas demandas dos Matsés relacionadas a transporte, educação e saúde. A logo da OGM foi desenhada por Lucio Matsés e contém a presença de elementos
da vida dos Matsés, como maloca, lanças, arco-flecha, cerâmicas e roça.

A OGM representa 11 aldeias localizadas nos rios Curuçá, Médio Javari e Jaquirana, e apoia 4 casas de vigilância localizadas no baixo rio Curuçá, Jaquirana e Pardo. Integra a Rede de Cooperação Amazônica (RCA), com o objetivo de aprimorar o monitoramento territorial através de cursos, capacitações e intercâmbios sobre manejo de pesca.

Antigas coordenações: Vitor e Raimundo, André e Edmilson, Ezequiel e Bene.
Coordenação atual: Bene e Maurício Mawi.
Atividades realizadas: Intercâmbio de manejo de pesca em São Gabriel da
Cachoeira/AM (setembro, 2022); Reuniões Binacionais (2018, agosto de 2022).
Contato: e-mail: ogmjavari@gmail.com

Associação Kanamary do Vale do Javari – AKAVAJA, fundada em agosto de 2007, com o objetivo de “lutar pela igualdade dos direitos dos Kanamari”, conforme Kora Kanamari, o primeiro presidente da AKAVAJA. A logo da AKAVAJA foi desenhada por Kora, Varney Thoda, Luzia e Wagner, e contém a presença de elementos do clã do mutum e um mapa do Vale do Javari. O cocar, feito com penas de arara, indica o pensar com a cabeça no futuro. As araras são aves marinawa vinculadas à ayahuasca, que contribuem com a floresta, reflorestando, voando longe e acompanhadas. Do mesmo modo que as araras se multiplicam, as lideranças kanamari devem se multiplicar.

A AKAVAJA representa 17 aldeias localizadas nos rios Itaquaí, Javari e Jutaí, sendo doze no Itaquaí, quatro no Javari e uma no Jutaí, e também apoia uma casa de vigilância localizada no médio rio Javari, construída em 2019.

Antigas coordenações: Kora e Oseias, Ninya e Analimar, Higson e Lucinho.
Coordenação atual: Tamakori e Feliciana.
Atividades realizadas: I Festival dos Kanamari (hori) em 2010, contexto em que a AKAVAJA contribuiu para organizar as comunidades kanamari nos rios Javari e Juruá, visando acessar demandas relacionadas a educação, saúde e fortalecimento cultural. Durante a pandemia da COVID-19, em 2020, a AKAVAJA articulou parceiros, como os Expedicionários da Saúde, e conseguiu oxigênio para as aldeias.

Associação de Desenvolvimento Comunitário do Alto Rio Curuçá – ASDEC, fundada em março de 2003 na aldeia Maronal, rio Curuçá, com o objetivo de auxiliar nas demandas das aldeias, considerando a distância geográfica e a necessidade de preservação da cultura Marubo. Um dos objetivos principais da ASDEC é promover o “desenvolvimento de iniciativas locais”, conforme Manoel Chorimpa, fundador dessa associação. A Associação representa 06 aldeias no alto rio Curuçá: Morada Nova, Matxikeyawai, Maronal, Jaburu, Mãtekenewai e Komãya.

A logo da ASDEC foi desenhada por Denilson Marubo e contém a presença de elementos que referem-se à profecia de Sina Romeya e João Tuxaua, considerados pelos Marubo como verdadeiros pajés. A cuia emborcada representa a mudez e ausência de sabedoria, preconizadas pela profecia. O canudo de tabaco é a inspiração e o pensamento, a recusa dos Marubo em se submeter à profecia.

Antigas coordenações: Manoel Chorimpa, Alfredinho, Moacir e Jamil.
Coordenação atual: Zezinho e Manoel Chorimpa.
Programa Manãnawa: iniciativa da ASDEC criada com base na premissa de que o contexto atual não existe por acaso, pois os antepassados previram e profetizaram a
transformação da vida dos Marubo. Este programa preconiza a compreensão das mercadorias e da tecnologia pelas crianças marubo e objetiva um plano pedagógico para as escolas das aldeias marubo localizadas nos rios Ituí e Curuçá.

Organização das Aldeias Marubo do Rio Ituí – OAMI, fundada em 2003 por Nicano, Lauro Brasil, Armando e Paulinho no contexto de fundação do Centro Sorriso do Saber, no rio Pardo, pelo professor Panam Marubo. A OAMI representa 20 aldeias marubo localizadas no rio Ituí, e apoia duas casas de vigilância localizadas no médio e alto rio Ituí. A logo da OAMI foi desenha por Robson da aldeia Vida Nova, e refere-se à sabedoria dos Marubo.

Antigas coordenações: Cláudio Nascimento e Heli Dionisio (2008-2011); Gilberto Doles e Aldeney da Silva (2012-2015); Lucas Mariano e Alfredo Barbosa (2015-2019); Felipe Doles e Lucas Mariano (2019-2022)
Coordenação atual: Alfredo Marubo
Projeto Pirayauara: coordenado por Gilberto e Cláudio, ex-coordenadores da OAMI, visa a formação de professores marubo.
Contato: oamimaruboitui@gmail.com

Associação Indígena Matis – AIMA, fundada em abril de 2008, na aldeia Aurélio, no rio Ituí, com o objetivo de apoiar os estudantes e os agricultores, promovendo a implementação de políticas públicas para os Matis. A AIMA representa 05 aldeias localizadas no rio Branco: Kudaya, Tawaya, Paraíso, Tëxë Wasa e Nova Geração. Diferente das demais organizações de base da UNIVAJA, a AIMA possui sede própria, uma casa em Atalaia do Norte/AM que foi adquirida por Txëma e Binan Xapu Shunu.

A logo da AIMA contém elementos representativos para os Matis, como zarabatana e um homem mais velho (darasibo) adornado. Trata-se de Tumi Preto Vëxulu, reconhecido pelos Matis como pajé, que desapareceu em 2012 enquanto tomava banho. Os grafismos desenhados no cocar de Tumi Preto referem-se aos ayakobo, Dëshan Mikitbo (gente do alto).

Antigas coordenações: Bush e Kunit Matis, Makë Tsikin e Makë Turu, Makë Turu e Makë Bush, Daman Jacinaldo e Bixi Kata, Binin Armando e Bixi Kata.
Coordenação atual: Binin Carlos.
Atividades realizadas: apoio para rituais, como a Festa do Macaco e a Festa da Tatuagem.
Contato: aimamatis1@gmail.com

Associação Indígena Kulina do Vale do Javari – AIKUVAJA, fundada em fevereiro de 2016 por Cacau Kulina visando o diálogo com o Estado e as instituições estatais. A AIKUVAJA representa 04 aldeias localizadas no rio Curuçá: Pedro Lopes, Nuntewa, Bukuak e Bela Vista.

A logo da AIKUVAJA contém elementos representativos para os Kulina-Pano. O milho indica a multiplicação dos Kulina após o longo contexto de mortes. As flechas remetem a Mapará, um pajé ibá, também chamado de Xawã.

Antigas coordenações: Adauto e Raimundo (2016-2021)
Coordenação atual: Walclei e Francineudo.
Atividades realizadas: I Assembleia Geral dos Kulina-Pano (junho, 2022); Intercâmbio com os Guarani em São Paulo para criação de abelhas visando a extração de mel de jandaira (junho, 2022); Manejo de lago para pesca de surubim e pirarucu.

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