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Category: Notícias do Vale do Javari

PNUD publica estudo de caso sobre a Equipe de Vigilância do Vale do Javari (EVU), vencedora do Prêmio Equatorial 2024

Em 2024, a União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (UNIVAJA) recebeu um importante reconhecimento internacional pelo trabalho desenvolvido pela Equipe de Vigilância do Vale do Javari (EVU). A iniciativa foi uma das vencedoras do Prêmio Equatorial 2024, concedido pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), sob o tema “Natureza para Ação Climática”. A UNIVAJA foi uma das onze iniciativas premiadas entre mais de 600 indicações de 102 países, ao lado de organizações comunitárias e indígenas de Bangladesh, Colômbia, Irã, Quênia, Marrocos, Senegal e Zâmbia. O prêmio Equatorial reconhece soluções inovadoras e baseadas na natureza que contribuem para mitigar as mudanças climáticas, proteger a biodiversidade e fortalecer a resiliência das comunidades locais. O reconhecimento ao trabalho da EVU reflete a importância do modelo de vigilância indígena autônoma implementado no Vale do Javari, que alia saberes tradicionais, gestão territorial e monitoramento ambiental. A atuação da equipe tem sido essencial na proteção do território indígena, na defesa dos povos isolados e na preservação dos ecossistemas amazônicos. O Prêmio Equatorial é uma iniciativa do PNUD com apoio da Agência Norueguesa para o Desenvolvimento e Cooperação (NORAD) e do Ministério Federal Alemão para Cooperação Econômica e Desenvolvimento (BMZ). A edição de 2024 teve como foco o tema “Natureza para Ação Climática”, destacando soluções em três eixos principais: natureza para mitigação climática, natureza para adaptação climática e resiliência e natureza para uma transição justa. Os vencedores foram homenageados em 3 de outubro de 2024, durante o Nature for Life Hub, evento internacional promovido pelo PNUD antes das conferências COP16 da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) e COP29 da Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC). Como parte do reconhecimento, o PNUD publicou um estudo de caso sobre a experiência da Equipe de Vigilância do Vale do Javari, destacando suas boas práticas e impactos positivos. O estudo integra uma série de publicações do Programa das Nações Unidas que buscam documentar e disseminar soluções baseadas na natureza, inspirando políticas públicas e ações voltadas ao cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). O caso da UNIVAJA reforça o papel fundamental das organizações indígenas na proteção do clima e da biodiversidade, demonstrando que a autonomia, o conhecimento tradicional e a governança territorial são pilares indispensáveis para um futuro sustentável e justo. Leia o estudo completo aqui: UNIVAJA Case Study Pt r2

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UNIVAJA reafirma posição contrária a supostos contratos de créditos de carbono e defende apuração rigorosa dos fatos

A União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (UNIVAJA) vem a público esclarecer informações relacionadas à Ação Civil Pública apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF), que trata da suposta comercialização de créditos de carbono na Terra Indígena Vale do Javari (TIVJ). Desde abril de 2022, as equipes técnicas da UNIVAJA vinham monitorando a grande investida e assédio de empresas, supostamente, ligadas à comercialização de créditos de carbono, junto aos povos indígenas da TIVJ. Algumas delas chegaram a promover reuniões paralelas e individuais com diversos indígenas, representantes das organizações de base prometendo facilidades em ganhos financeiros astronômicos nas supostas transações comerciais. Apesar das reuniões de conscientização realizadas por esta organização sobre a questão, ainda assim, houve a cooptação velada de lideranças que foram induzidas a assinar documentos sem o consentimento da coletividade e de encontro as próprias normas estatutárias da Organização Representativa que é a UNIVAJA. De acordo com os relatos apresentados informalmente a esta organização, pessoas não identificadas, supostamente representando empresas do setor, teriam ingressado na Terra Indígena Vale do Javari sem cumprir as devidas formalidades legais, o que ocasionou perturbações na normalidade da região. Esse tipo de prática, além de ilegal, representa grave violação da autonomia dos povos indígenas e da integridade de nosso território. Tal situação foi levada a conhecimento do 1º Ofício da Procuradoria da República no Município de Tabatinga, por meio do Ofício 02/Coord. Exec./PJ/2023, de nossa procuradoria jurídica, como resposta ao OFÍCIO Nº 609/2023/1°OFÍCIO/PRM/TBT que instruía o Procedimento Preparatório n.° 1.13.001.000199/2022-76, no qual a UNIVAJA por meio de sua procuradoria jurídica, além de demonstrar sua preocupação com a situação apresentada, deixa claro que “dado o conhecimento incipiente do tema por parte das comunidades e de nossas organizações, nada prosperou formalmente. Os indígenas mencionados em vosso expediente haviam firmado acordo com empresas (sem mencionar quais), da mesma forma que a fonte não soube indicar se de fato tal contrato existiu ou não. (…) as ditas empresas têm mencionado a terceiros que já estão em negociação de supostos créditos oriundos de contratos formados. A esse respeito, os ditos contratos, caso existam, não ostentam capacidade jurídica em sua formação.” Ao final, a UNIVAJA solicitou a juntada de provas eventualmente compartilhadas com o órgão ministerial, bem como a oitiva dos sócios da suposta empresa e indígenas indicados na colheita de informação inicial. É de conhecimento público que o fenômeno, apelidado de atuação dos “cowboys do crédito de carbono”, não se restringiu ao Vale do Javari. Foi amplamente observado em comunidades indígenas, ribeirinhas e quilombolas por toda a Amazônia, fato de conhecimento das autoridades, tal como podemos ler em reportagem da Agência Pública. No caso específico do Javari, a ação do MPF se apoia em documentos comprovadamente assinados de maneira fraudulenta, sem o devido cumprimento de protocolos legais e de consulta coletiva previstos na legislação e nas normas internas da UNIVAJA. Não por acaso, diante do volume de denúncias e da pressão sobre comunidades em toda a Amazônia, tanto a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (FUNAI) quanto o próprio MPF tiveram de intervir com orientações técnicas e resoluções específicas, a fim de criar parâmetros mínimos de segurança e legalidade nesse tipo de negociação. A própria FUNAI se manifestou oficialmente e apresentou resolução a respeito do tema em maio de 2023 (SEI_FUNAI-5077405-Informacao-Tecnica.pdf) A UNIVAJA se apresenta, portanto, não como parte ativa, mas como vítima de um processo avassalador que decorre da ausência histórica do Estado em regiões de fronteira como o Vale do Javari. A atuação dos chamados “cowboys do crédito de carbono” é apenas um dos inúmeros exemplos de assédio e de práticas ilegais que ameaçam os povos indígenas e a floresta. A UNIVAJA reitera que não assumiu qualquer compromisso ou contrato de venda de créditos de carbono e não reconhece a legalidade de qualquer documento ou menção ao seu nome nesse sentido. Ressaltamos ainda que, de acordo com nosso estatuto social e normas internas, todas as decisões de caráter coletivo devem ser tomadas de forma colegiada consensuada pela coordenação, com a participação e anuência de todos os povos que compõem a Terra Indígena Vale do Javari. Portanto, qualquer negociação que mencione nossa instituição sem essa legitimidade é nula de pleno direito. Ressaltamos que estas empresas apresentaram suas iniciativas em momento de extrema fragilidade, no ano de 2022, quando os povos do Vale do Javari se encontravam sob intensa pressão e violência contra seus modos de vida. Além disso, os povos indígenas se viram diante de uma complexa situação sobre a qual não havia na época nenhuma diretriz ou lei, portanto, não havia parâmetros ou exemplos sobre os quais pudessem estudar para tomar tais decisões. Diante de tais fatos, vemos um quadro no qual fica claro que tais empresas agiram com má-fé, na manipulação de informações e seduzindo comunidades com promessas de altos ganhos financeiros atrelados à preservação ambiental, sem oferecer qualquer segurança jurídica ou respeito às normas que regem a vida coletiva dos povos originários. A UNIVAJA reforça que compreende e apoia a necessidade de investigação profunda e que é a principal interessada no esclarecimento dessa situação. Nosso compromisso maior é com a defesa dos direitos dos parentes indígenas, com a preservação da Terra Indígena Vale do Javari e com a proteção da floresta, nosso bem mais precioso. Ressaltamos ainda que os povos indígenas continuam enfrentando graves ameaças, invasões e violações históricas — físicas, psicológicas e culturais — sem que haja, até o momento, alternativas consistentes de desenvolvimento sustentável que respeitem o bem viver dos povos originários. Confiamos na atuação das instituições públicas brasileiras, em especial do Poder Judiciário, o qual confiamos que atua na defesa dos direitos indígenas assegurados pela Constituição Federal e pela Convenção 169 da OIT. Acreditamos que a Justiça esclarecerá os fatos com a celeridade necessária, garantindo a proteção da autonomia, da dignidade e dos territórios indígenas. Atalaia do Norte 30 de Setembro de 2025

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Ministros do STF e do STJ realizam visita institucional ao Vale do Javari

Nesta sexta-feira (22/08), a União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (UNIVAJA) teve a honra de receber uma missão institucional liderada pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Roberto Barroso, e pelo presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Herman Benjamin. A visita integra a agenda do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) na região do Alto Solimões, que busca promover o fortalecimento do diálogo institucional e ampliar a compreensão da atuação do sistema de justiça na região. O objetivo é acompanhar de perto a realidade enfrentada pelos povos indígenas, discutir medidas de proteção ao Vale do Javari e enfrentar desafios como os conflitos pelo território, as ameaças a comunidades tradicionais e a presença do crime organizado na tríplice fronteira entre Brasil, Peru e Colômbia.   “Este foi um momento histórico e de grande relevância para os povos do Vale do Javari. A presença das autoridades reforça a importância de dar visibilidade às comunidades que protegem uma região tão esquecida pelo Estado”, declarou Bushe Matis, coordenador da UNIVAJA. Ao longo do dia, a comitiva reuniu-se com representantes da UNIVAJA, na Câmara Municipal de Atalaia do Norte. Na ocasião, presidentes de associações e lideranças indígenas puderam apresentar suas demandas diretamente às autoridades. A UNIVAJA também entregou um documento com reivindicações relacionadas à execução do plano de proteção do Vale do Javari — apresentado ainda no período de transição governamental — além de questões referentes à saúde e à educação indígena. Na parte da manhã, os ministros, acompanhados da presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (FUNAI), Joenia Wapichana, realizaram um sobrevoo sobre a Terra Indígena Vale do Javari, até a Aldeia Txexe Wassa, onde conversaram com lideranças do povo Matis. Esta agenda começou a ser construída ainda no ano passado pela representação da UNIVAJA em Brasília, como parte da luta para dar visibilidade para as questões e problemas do Vale do Javari. Uma aproximação importante entre o judiciário e os povos originários na busca por ações mais concretas para colocar na prática o Plano de Proteção do Vale do Javari.   Atalaia do Norte 25 de agosto de 2025

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Missão reúne Comissão Interamericana de Direitos Humanos, Governo Federal e sociedade civil no Vale do Javari

Visita demonstra avanços, mas organizações da sociedade civil cobram ações mais concretas do Estado na proteção dos defensores da região A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) esteve no estado do Amazonas, entre os dias 4 e 8 de agosto, para realizar escutas nas cidades de Manaus e Atalaia do Norte com autoridades públicas, defensores de direitos humanos, lideranças indígenas e comunicadores da região, no âmbito das atividades previstas no Plano de Ação da Medida Cautelar nº 449-22 (MC-449-22) na Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH). Esta medida foi concedida para proteger aqueles que atuam na região, em razão dos riscos e ameaças intensificados após os assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips, no Vale do Javari, em junho de 2022. A visita foi coordenada pelo Conselho Deliberativo do Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos, Comunicadores e Ambientalistas (CONDEL/PPDDH). Integraram a comitiva conselheiros do PPDDH e representantes da sociedade civil da ABRAJI, da ARTIGO 19, do Instituto Dom Philips, da Repórteres Sem Fronteiras (RSF) e da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), bem como representantes do Ministério dos Povos Indígenas (MPI), do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), incluindo o coordenador do Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos (PPDDH) e representantes do Ministério das Relações Exteriores (MRE), do Ministério da Justiça e da Segurança Pública (MJSP), da Secretaria Geral da Presidência da República (SG/PR) e da Secretaria de Comunicação Social (Secom/PR), além de membros do Ministério Público Federal (MPF). A Mesa de Trabalho, espaço formal de articulação entre o Estado, as organizações peticionárias e os beneficiários, tem como objetivo implementar o Plano de Ação aprovado e lançado em dezembro de 2023. No âmbito dessa instância, participam os órgãos responsáveis pela implementação das medidas cautelares concedidas em favor de Dom Phillips e Bruno Pereira, estendidas aos membros da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (UNIVAJA). A presença de Beatriz Matos e Alessandra Sampaio, viúvas de Bruno e Dom, conferiu à missão uma dimensão simbólica e humana fundamental para reforçar a relevância desse trabalho conjunto. A Mesa é estruturada a partir de quatro núcleos de atuação — integridade e memória, segurança territorial, política de proteção a defensores de direitos humanos, ambientalistas e comunicadores, e acompanhamento das investigações — que orientam a formulação de políticas não repetição voltadas à garantia da vida e da integridade pessoal dos beneficiários e à prevenção de novas violações. Durante a visita à Atalaia do Norte, o CONDEL/PPDDH, realizou uma escuta qualificada dos beneficiários da MC-449-22 com o objetivo de assegurar a continuidade da implementação das medidas de proteção, alinhando as necessidades específicas de cada pessoa e do território. Na ocasião, ocorreu uma reunião da Mesa de Trabalho Conjunta, presidida pela secretária executiva da CIDH, Tania Reneaum Pansz, que teve como objetivo avaliar a implementação das medidas previstas no Plano de Ação, reforçar o compromisso das partes com a missão da Mesa e repactuar responsabilidades. Raquel da Cruz Lima, coordenadora do Centro de Referência Legal da ARTIGO 19 Brasil e América do Sul e uma das articuladoras da Mesa de Trabalho Conjunta, ressalta que “um dos principais pontos da missão foi averiguar a implementação dos planos de proteção individual dos beneficiários, uma demanda antiga do grupo”. No entanto, apesar de reconhecidos alguns avanços na implementação de parte das ações, foi destacado que ainda restam diversos objetivos e eixos centrais do plano de ação que não foram alcançados, como a atualização do plano de proteção da Terra Indígena Vale do Javari, de forma a englobar a garantia da atuação segura de comunicadores e as demandas das diversas etnias que vivem no território, a institucionalização de medidas de segurança para os beneficiários do PPDDH, a transparência sobre o andamento das investigações sobre os crimes contra Dom, Bruno e sobre as ameaças contra as lideranças do território, e o pedido de desculpas formal pelas mais altas autoridades do Estado. “Os trabalhos no Javari foram bem proveitosos para alinhar as expectativas do lado dos beneficiários perante a CIDH. No entanto, não vimos por parte do governo um compromisso mais concreto em manter os termos da cautelar, já concedida. Isto gera preocupação e desperta uma violação de não cumprimento das cautelares, o que pode ser levado para a Corte Interamericana, prejudicando muito o governo no cenário político internacional, sobretudo em matéria de direitos humanos fundamentais.”, diz Eliésio Marubo, procurador jurídico da UNIVAJA . Artur Romeu, diretor executivo da RSF, ressalta que “A falta de compromisso e coordenação do alto escalão do governo brasileiro colocam em risco a segurança de jornalistas que atuam em áreas de conflito ambiental, como a região onde Dom Phillips e Bruno Pereira foram assassinados”. E completa, “a proteção da imprensa deve ser prioridade, com ações ancoradas na realidade local.” Entre os compromissos firmados, destacou-se a realização de uma audiência pública no primeiro período de sessões da CIDH de 2026, como forma de dar visibilidade aos avanços, desafios e necessidades identificadas no acompanhamento das medidas cautelares. O último dia de atividades foi marcado por uma reunião de escuta com comunicadores da região, que compartilharam as condições em que exercem o jornalismo e outras formas de comunicação sobre o que ocorre na Amazônia, bem como as dificuldades e riscos associados à atuação a partir do território. Entre as atividades realizadas, destacou-se a tomada de subsídios organizada pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom/PR), pelas organizações peticionárias — incluindo a Repórteres Sem Fronteiras (RSF), a ARTIGO 19,  Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) — e pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), com o objetivo de identificar os principais desafios enfrentados pelos comunicadores na Amazônia em relação à proteção e à sustentabilidade de seu trabalho. A tomada de subsídios sobre a sustentabilidade do jornalismo ambiental e na Amazônia está aberta para coleta de insumos até o dia 7 de setembro em: https://www.gov.br/participamaisbrasil/tomada-de-subsidios-sobre-sustentabilidade-do-jornalismo-ambiental-e-sobre-a-amazonia   As organizações que acompanham o caso na CIDH são: ARTIGO 19 Brasil e América do Sul, Instituto Vladimir Herzog, Repórteres Sem

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Javari Vale da Arte participa de Intercâmbio com a Associação das Mulheres Indígenas da Amazônia- MAPANA

Entre os dias 24 e 26 de julho de 2025, as mulheres artesãs do Javari Vale da Arte participaram do Intercâmbio com a Associação das Mulheres Indígenas da Amazônia (MAPANA), – uma organização que atua na promoção e defesa dos direitos das mulheres indígenas na região amazônica, com foco no empoderamento social, político e econômico. O encontro, realizado na comunidade de Belém do Solimões, na Terra Indígena (TI) Eware, contou com a participação de cerca de 20 mulheres de etnias da região – Mayuruna, Kanamary, Matis, Marubo e Tikuna – que, durante estes três dias de evento, realizaram oficinas práticas sobre confecções de peças e estratégias de venda. As oficinas também trataram sobre a participação das artesãs em eventos, a criação de embalagens de produtos, estratégias de venda, – presencial e online. O intercâmbio também promoveu uma ampla e importante troca de saberes sobre técnicas, diálogos sobre identidade e ancestralidade. Fortalecer e proteger as Mulheres do Vale do Javari é parte importante do trabalho da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (UNIVAJA).  O projeto do Javari Vale da Arte hoje conta com a Casa das Mulheres e da Juventude Indígena, onde é possível conhecer mais e, também comprar os artesanatos da terra indígena. A casa está localizada na Estrada do Boia (S/N) e fica aberta de segunda a sexta das 9h às 12 e das 14h às 17h. Atalaia do Norte 29 de julho de 202

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UNIVAJA realiza o 1° Encontro dos Monitores Etnoambientais da Equipe de Vigilância (EVU)

A União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (UNIVAJA) realiza, entre os dias 21 de julho e 1º de agosto, o 1° Encontro dos Monitores Etnoambientais da Equipe de Vigilância da UNIVAJA (EVU) – uma grande reunião que será realizada no  Centro de Treinamento do Quixito. A EVU é um projeto pioneiro em termos de formação de equipes de vigilância em Terra Indígena no Brasil e que existe graças ao apoio e financiamento da Fundação Nia Tero. As equipes da EVU foram formadas aos poucos, passando por diversas etapas durante dois anos e meio até culminar neste momento, o do grande encontro das seis equipes de indígenas que hoje são responsáveis pelo cuidado e proteção das áreas onde vivem dentro da TIVJ. “Este é o último passo do projeto EVU 2.0, que foi apresentado em 2021. Conseguimos cumprir essa meta, realizar todos os treinamentos e, agora, vamos encerrar esse processo com o encontro. São mais de cem pessoas, muitos nem se conhecem. Vamos, também, unir pela primeira vez a todos junto com a turma de veteranos que coordenam a EVU”, explica Possuelo. Em 2024, esse projeto foi agraciado pelo Programa de Desenvolvimento da ONU (PNUD) com o Prêmio Equatorial junto a outras 11 iniciativas de todo o mundo selecionadas entre mais de 600 candidatos. “Esse é um projeto bastante reconhecido internacionalmente, mas pensado completamente para atender demandas de dentro da TI. Há indígenas que trabalham com a gente e nem documento têm ainda. Mas não temos preconceito, aceitamos a todos, participam homens e mulheres de todas as idades (maiores de idade) desde que tenham força de vontade e disposição para trabalhar em campo. Mais do que isso, nós fazemos questão de pagar os vigilantes. Respeitamos o fato de que, mais do que força de vontade, eles fazem um importante trabalho”, complementa o coordenador. A EVU é a única equipe de vigilância do país que paga um salário para seus integrantes. Nesse longo processo, a UNIVAJA desenvolveu projetos de embarcações específicas para trabalhar na TIVJ, as quais incluem uso de energia solar e internet. “Nada foi fácil, mandamos fazer barcos e tivemos que trazê-los pilotando durante sete dias desde Manaus. Todas as etapas tiveram seus desafios. O mais difícil foi gerir o pessoal. Nadamos um bom tempo contra a corrente, mas confiamos nos parentes e agora eles são os responsáveis pelo seu próprio território”, relembra Possuelo. Durante esses 10 dias no CT Quixito os monitores terão sua formação reforçada com oficinas e aulas sobre mecânica, protocolos de segurança, técnicas de sobrevivência, GPS, navegação, manutenção de embarcações (elétrica, hidráulica e fotovoltaica), marcenaria e relatórios e registros de notícia-crime. O Encontro também contará com as presenças de apoiadores como os Expedicionários da Saúde (EDS), do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) e da World Wildlife Fund (WWF).  Também estará presente o jornalista Scott Wallace que há 23 anos acompanhou uma expedição no Vale do Javari em busca de sinais de prova da presença de indígenas isolados. Wallace escreveu uma matéria que foi capa da National Geographic e deu origem ao livro “Além da Conquista”. “Estou emocionado em voltar depois de tantos anos, aquela foi uma viagem que mudou a minha vida”, conta o jornalista. O CT Quixito é um antigo projeto idealizado pela UNIVAJA, – finalizado com apoio  Rainforest Foudantion Norway – e que começa a ser utilizado este mês em benefício de todos os povos da Terra Indígena.

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“Como Salvar a Amazônia”: Beto Marubo conta sobre sua participação no livro de Dom Phillips em congresso da Abraji, em São Paulo

“A morte de Bruno e Dom é o equivalente para a nossa geração do que foi a morte do Chico Mendes para a geração anterior”, assim falou sobre o caso o jornalista Rubens Valente, durante a palestra “Bastidores do livro de Dom Phillips: Como Salvar a Amazônia”, durante o 20º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) em São Paulo. Foi na companhia de Rubens e de Andrew Fishman, cofundador do site The Intercept, que o representante em Brasília da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (UNIVAJA), Beto Marubo contou mais sobre a sua participação no livro “Como Salvar a Amazônia” e suas lembranças ao lado dos dois colegas e amigos que foram brutalmente assassinados em 2022. “Como Salvar a Amazônia”, livro que Dom Phillips estava escrevendo na época foi lançado no dia 05 de junho de 2025, na Inglaterra, nos Estados Unidos e no Brasil, marcando também a data dos três anos da tragédia. Uma obra póstuma que reúne relatos de quem vive na Amazônia, especialistas e pessoas que trabalham diretamente no território. Durante o evento, Beto Marubo compartilhou sua visão do trabalho de Dom, lembrando sua empatia, sensibilidade de escuta e como ele era considerado um profissional de confiança pelos povos indígenas. “Dom publicava exatamente o que a gente dizia”, comentou. Ele rememorou, inclusive, uma conversa sobre o início da escrita do livro: “Quando ele falou o título, achei pretensioso. Brinquei com ele: o que um gringo sabe sobre salvar a Amazônia?”. No entanto, essa era a intenção de Dom, causar questionamento, provocar o interesse em ler. O jornalista Andrew Fishman contou sobre o difícil processo de edição e construção do livro, que conta com 36 coautores. “Eram muitas pessoas, mas, para nossa sorte, Dom era alguém muito organizado, então não foi difícil reunir todo o material que ele já havia produzido. O desafio foi fazer isso depois do que aconteceu e conciliar com todos os colaboradores do livro.” Emocionado, Beto Marubo contou também sobre a sua convivência com o indigenista Bruno Pereira com quem trabalhou no Vale do Javari. “A gente era muito unido, Bruno era como um irmão para mim, ele pensou muito no futuro da terra indígena, Dom morreu porque queria ir lá ouvir os integrantes da Equipe de Vigilância que o Bruno criou”, lembrou. Beto Marubo também participou, em junho, – a convite da editora Bonnier Books e com apoio de amigos e parentes de Dom – de conversas sobre o livro em Londres, junto a Alessandra Sampaio, viúva de Dom. As palestras tiveram mediação do jornalista Tom Phillips, do The Guardian. No mesmo mês “Como Salvar a Amazônia” também foi publicado nos Estados Unidos pela Cheelsea Green Books e no Brasil pela Companhia das Letras. Todos os eventos de lançamento do livro de Dom Phillips tem sido marcados pela emoção e por muitas trocas com o público, muito interessado na história de Bruno e Dom e do Vale do Javari. “Em Londres tivemos que marcar uma segunda conversa inclusive, tamanho era o interesse. Aqui na Abraji também tivemos uma hora e meia só de perguntas. O mais importante é seguir ecoando as vozes de Bruno e Dom pelo mundo, para que não sejam esquecidos e sigam nos ajudando a proteger a floresta”, diz Beto Marubo. No encontro da Abraji o fotógrafo Avener Prado entregou para a UNIVAJA fotos de matérias que fez acompanhando histórias do Vale do Javari, inclusive a morte de Bruno e Dom. Estas imagens serão expostas na sede da UNIVAJA em Atalaia do Norte.   São Paulo 16 de julho de 2025

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UNIVAJA consolida parceria com o Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas

Plano Pena Justa realizará consulta direta às lideranças indígenas A União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (UNIVAJA) consolida parceria com o Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas, através do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Prisional e Socioeducativo e o Comitê de Políticas Penais do Amazonas com o objetivo de conscientizar e debater abertamente com a população temas relativos ao tratamento dado aos presos pelo sistema judiciário. Para isso serão realizadas, nos dias 16 e 17 de julho, agendas relacionadas ao tema com a equipe do Plano Pena Justa. Este programa é uma iniciativa nacional para transformar o sistema prisional brasileiro, que busca enfrentar e impedir que sigam ocorrendo violações de direitos dentro das prisões. O programa é coordenado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em parceria com o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), e visa melhorar as condições estruturais e os serviços oferecidos aos detentos, além de promover a reintegração social. Nesta busca por melhorias ao atendimento dos presos na Amazônia, serão realizadas duas audiências públicas e uma consulta direta às lideranças indígenas dos povos que compõe a UNIVAJA. As audiências são abertas ao público e serão realizadas nas Câmaras municipais de Atalaia do Norte e Tabatinga. Já a consulta direta aos povos será realizada na sede da UNIVAJA, em Atalaia do Norte. É muito importante a manifestação de todos para garantir um aprimoramento desta situação que é bastante grave, não só para os indígenas, mas para a população em geral. Agenda do Programa Pena Justa: ATALAIA DO NORTE Data: 16 de julho 10h – Audiência Pública na Câmara Municipal de Atalaia do Norte 13h30 às 15h30 – Consulta às lideranças na UNIVAJA TABATINGA 17 de julho 14h Audiência Pública na Câmara Municipal de Tabatinga   UNIVAJA Atalaia do Norte 16 de Julho de 2025

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UNIVAJA realiza audiência Pública sobre Educação na TIVJ e anuncia criação de departamento para tratar do tema

Alciney Rodrigues Dorlis, pedagogo, novo assessor técnico do projeto de educação a UNIVAJA. A União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (UNIVAJA) realizou, nos dias 17 e 18 de março, uma Audiência Pública sobre Educação na Terra Indígena do Vale do Javari, com participação das aldeias via internet e presencial na sede da instituição. Na mesma ocasião foi oficializada a contratação de Alciney Rodrigues Dorlis, como assessor técnico do projeto de educação a UNIVAJA. Durante os dois dias de audiência foi realizado um diagnóstico sobre como está a situação as escolas e do ensino nas aldeias e, também foram apresentadas propostas e ideias sobre como esse processo deve se dar no futuro, com a busca por um modelo etnoeducacional ideal para o território. Estudantes e professores discutiram sobre a educação na TIVJ, o histórico, a sua situação atual e o futuro pedagógico dos povos indígenas desta região do país. A repactuação do território, a etnoeducação, o êxodo do território de quem precisa sair na busca por formação e as dificuldades enfrentadas ao frequentar escolas e universidades em áreas urbanas distantes de sua terra natal foram os principais temas tratados durante os debates.       Para o pedagogo Alciney, agora assessor técnico da UNIVAJA é muito importante este debate para o início dos trabalhos do departamento. “Começamos a trabalhar no processo de formulação de um ato da criação da coordenação de educação da UNIVAJA e num primeiro momento vamos trabalhar na discussão do Projeto Político Pedagógico, pois já existe uma educação escolar indígena, mas precisamos definir calendário, disciplinas, matriz curricular, notas ou conceitos que sejam específicos, respeitando a cultura de cada povo”, observa. O departamento de educação está sendo criado com apoio da Fundação Nia Tero. Participaram do evento a coordenadora da Fundação Nacional do Povos Indígenas do Vale do Javari (FUNAI), Nely Duarte, o coordenador de Frentes de Proteção Etnoambiental (FPE) da Funai, Ilter Rodrigues, coordenadora Pedagógica da Secretaria Municipal de Educação de Atalaia do Norte, Neymia Oliveira Mello, a diretora do Instituto de Natureza e Cultura da Universidade Federal da Amazônia (UFAM), Marinete Lourenço Mota, a equipe do Centro de Trabalho Indigenista (CTI) junto a sua coordenadora Maria Elisa Ladeira, e a assessora indigenista Luisa Suriani do Observatório dos Direitos Humanos dos Povos Indígenas Isolados e de Recente Contato (OPI), além de professores das aldeias e lideranças do Vale do Javari. Também se manifestaram, com participação online, o procurador jurídico da UNIVAJA Eliesio Marubo e os estudantes da Rede de Estudantes Indígenas do Vale do Javari.

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Encontro de Lideranças da TIVJ e Assembleia Extraordinária da UNIVAJA

Foi com muita alegria e cantos tradicionais que terminou, na quinta-feira (27/02), o Encontro de Lideranças e a I Assembleia Extraordinária da União dos Povos do Vale do Javari (UNIVAJA) na Aldeia Txexe Wassa. O evento que durou três dias foi um espaço aberto para o debate e manifestações de líderes dos povos que habitam a segunda maior terra indígena do país e contou com algumas participações como dos Kulina Madiha e do povo de recente contato: os Korubo. Outro fato importante foi a presença da autoridade máxima da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (FUNAI) ao Encontro.     Os Korubo, inclusive, além de participarem em grande número do encontro, sendo um total de 15 pessoas, abriram o evento com uma dança e canto tradicional. Estiveram presentes também os representantes dos povos Matis, Mayuruna, Marubo, Kanamari e Matses, por meio de seus líderes e presidentes de associações que compõe a UNIVAJA, – AMAS, OGM, AKAVAJA, ASDEC, OAMI, AIMA E AIKUVAJA. Os Kulina Madiha, que chegaram no último dia do encontro narraram as sérias dificuldades que sofrem em sua área e pediram união e ajuda para enfrentar invasores e outros problemas pelos quais passam em suas aldeias. A única ausência no evento foi a do povo de recente contato Tsohom-dyapa. Nos dois primeiros dias a coordenação executiva da Univaja fez um panorama sobre a captação de recursos, o andamento e a estrutura de projetos em andamento da entidade. Beto Marubo explicou como funciona a representação em Brasília trazendo que o trabalho teve início com o antigo coordenador da Univaja, Paulo, e que é com este trabalho e ação da representação em Brasília que é possível encontrar novos parceiros e garantir a captação de recursos, além de manter conversas com os órgãos governamentais responsáveis pelas políticas indigenistas para o Vale do Javari. A fala da coordenação executiva também contou com o procurador jurídico da Univaja, Eliesio Marubo, explicando sobre as ações pelas quais ele é responsável, como processos, contratos e assessoria jurídica aos parentes.   Também foram realizadas apresentações das atividades e resultados do ano de 2024 como o fortalecimento das associações de base, cursos de capacitação em parceria com o Sebrae, editais de financiamento; Projeto Vale da Arte e suas ações de fortalecimento do artesanato indígena da TIVJ e potencialização política das mulheres indígenas; projeto de comunicação em implantação, com estruturação de equipe de comunicadores na TIVJ; projeto da Equipe de Vigilância da UNIVAJA (EVU). Também foi apresentado pela gestora financeira o processo de prestação de contas apresentando os dois eixos principais de atuação da Univaja: proteção territorial e fortalecimento institucional, evidenciando que foi uma escolha das lideranças esses dois eixos de atuação. As ações apresentadas em sua maioria foram executadas em 2024 e algumas serão 2025, incluindo os gastos das ações ocorridas em 2024. No segundo dia o Encontro contou com a presença da Presidenta da FUNAI, Joenia Wapichana e equipe que foram recebidos calorosamente pelas mulheres indígenas. Foi o momento das lideranças falarem diretamente à maior autoridade do país do órgão governamental apresentando solicitações e tirando dúvidas sobre as ações da FUNAI. Também foi assinado por Joenia, junto com a UNIVAJA, o Protocolo de Intenções para diversas ações na TIVJ, tais como: fortalecimento das ações políticas; sustentabilidade, economia da biodiversidade e autonomia dos povos do Vale do Javari; gestão e proteção territorial; fortalecimento das associações indígenas; políticas de saúde e bem-estar; pesquisas interculturais e outros temas relacionados a proteção da Amazônia e bem viver indígena. O objetivo é que a assinatura do Acordo de Cooperação Técnica ocorra em abril/25, durante o Acampamento Terra Livre (ATL), em Brasília. Questões relacionadas a educação e como lidar com a necessidade de sair da terra indígena para que seja possível completar os estudos foi um dos temas mais comentados durantes as plenárias, inclusive por Jorge Marubo, um dos representantes da Rede de Estudantes Indígenas do Vale do Javari (Reivaja). A importância de dar apoio a estes estudantes de forma mais concreta foi reconhecida pelos dirigentes da UNIVAJA e, inclusive, no dia 26 de fevereiro, o coordenador da UNIVAJA informou que foi assinado Acordo de Doação com a Nia Tero Foundation para iniciar projeto de Educação Indígena para a TIVJ ainda este ano. No terceiro dia foi realizada a I Assembleia Extraordinária da UNIVAJA com a leitura e votação sobre as alterações realizadas para reforma do estatuto. Estavam presentes 10 delegados dos Mayurunas, dos Kanamari, dos Korubos, dos Matis, dos Marubo e 03 dos Kulina-Pano. Foram debatidos cada um dos artigos alterados, efetuados os ajustes e, ao final, foi aprovado o novo Estatuto Social da UNIVAJA, sendo que esta atividade terá ata específica, a qual deverá ser registrada e divulgada conforme as definições legais. As Associações de Base AMAS, OGM e o Coletivo de Mulheres MAI também realizaram apresentação de suas atividades, assim como os parceiros como CTI, FAS e Frente de Proteção – FUNAI. Victor Txai, indigenista da FUNAI que já atuou na região, também apresentou sua pesquisa de mestrado a respeito da exploração de petróleo na década de 70 e 80 na TIVJ. O convite vem ao encontro da elaboração de uma carta sobre a posição contrária da TIVJ sobre exploração de petróleo na região e na foz do Amazonas. Ao final do evento, Bushe Matis convidou Darcy Marubo, Waki Mayuruna/Caiçuma e Clovis Marubo, que iniciaram o movimento indígena no Vale do Javari para realizarem suas falas e reverenciou a entrega que eles realizaram com a demarcação da TIVJ, ocorrida em 02/05/2001, homologada em 2011. E, conforme votação ficou já ficou determinado que o próximo encontro será realizado no Centro de Treinamento do Quixito que está em obras e deve ficar pronto até a metade do ano de 2024.    

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